Trabalho à borla<br>recusado em 2013

Prolonga-se para 2013 a maior parte das greves ao trabalho suplementar, iniciadas depois de vários patrões e empresas terem aproveitado a entrada em vigor das alterações ao Código do Trabalho, a 1 de Agosto, para reduzirem drasticamente a remuneração.

As lutas com mais visibilidade, no Grupo CP e em diversas outras empresas públicas de transportes, duram desde os primeiros meses de 2011, quando o trabalho realizado fora do horário normal começou a ser pago como o Orçamento desse ano impôs à Administração Pública.

Desde Agosto, estas greves, convocadas pelos sindicatos da Fectrans/CGTP-IN e por outras estruturas, alargaram-se a empresas do sector privado. Nos dias feriados, praticamente não tem havido transportes, o que fez deste 25 de Dezembro um «Natal de luta», como a federação do sector o denominou, ao anunciar paralisações na Rodoviária de Lisboa e na Rodoviária do Tejo, na Carris e na STCP, na Refer, EMEF, CP Carga e CP, no Metro Sul do Tejo. De dia 1 até hoje, esperava-se perturbações nas ligações Lisboa-Barreiro, devido a greves parciais.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local convocou greve às horas extraordinárias e feriados, a partir de 1 de Janeiro e por tempo indeterminado.

A Fiequimetal/CGTP-IN convocou greve ao trabalho suplementar, para todo o próximo ano, nas indústrias metalúrgicas, químicas, eléctricas, farmacêutica, celulose, papel, gráfica, imprensa, energia e minas, pela manutenção do descanso compensatório e pelo pagamento do trabalho conforme previsto nas convenções colectivas – objectivos das greves realizadas naqueles sectores, a todo o trabalho suplementar e ao trabalho normal prestado em dias feriados, desde Agosto de 2012, e que levaram algumas empresas a não aplicarem os valores mínimos, indicados no Código do Trabalho.




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